quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Perdido

Perdido.
É como me sinto percorrendo o labirinto de seu corpo, deslizando meus dedos entre suas coxas, me sinto perdido, sem ter um rumo determinado.
Não encontro o caminho que acenda o seu fogo, alias, seu fogo nem me aquece mais.
Gosto quando me pede ajuda para borrar o seu batom, ou que sinaliza para que meus pulsos caminhe para o conformismo de algo premeditado, previsível.
Sempre senti em minha nuca um calor gélido, intenso e de respirações curtas, convidativo para que sufoque suas más intenções.
Você sabe sentir isso quando eu te toco? Sentir o prazer entrar pela membrana que te transporta para outro lugar.
Não querida, não sabe. Não sabe nem sentir, nem retribuir.
E quando tudo está escuro e sem foco, as sensações voltam devolvendo-nos nosso vazio e na tristeza que realmente merecemos como companhia.
E quando o frio nos congela, realmente sabemos que é hora de dizer adeus. Até um dia, até nunca mais.

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